A famÃlia top 100 e a lágrima que rolou na minha face
Por *Arruda Bastos
Durante mais um final de semana abençoado, repleto de alegrias, atribuições profissionais e familiares, bastou que eu batesse os olhos em uma foto da famÃlia na residência da minha irmã Regina, por ocasião do seu aniversário, para que eu sentisse um arrebatador desejo de escrever sobre a famÃlia e a graça de ter uma estruturada.
Deitado em uma rede com Marcilia, tendo ao redor meus filhos, e ainda olhando embevecido para o infinito céu azul e a imensidão do mar da praia de Ãguas Belas, senti a inspiração final para começar a escrever sobre a famÃlia. Era a tintura ideal, a moldura e a paisagem que esperava para o tema.
Para começar, necessitava de alguns dados, pois não gostaria de escrever só sobre os consanguÃneos, mas sim incluir os afins, que vou me negar no texto a chamá-los de “agregadosâ€, principalmente por reconhecê-los como fundamentais para o crescimento da famÃlia, em quantidade e qualidade. São todos muito amados!
Em uma breve pesquisa com minhas lindas irmãs, contabilizamos o número de cem pessoas considerando como inÃcio a geração dos meus amados pais. A quantidade me assustou e me fez cair na real que estou realmente ficando velho, embora me sinta como vinho, cada vez melhor, sem sequer notar o peso dos anos, uma vez que estou em plena forma. Resolvi, então, adotar o tÃtulo de “top 100†em homenagem a todos.
A minha crônica tem por finalidade exaltar a importância da famÃlia como base de tudo, nosso porto seguro e um presente de Deus para todos nós. A responsabilidade, portanto, de um casal que inicia uma famÃlia é imensa, do tamanho do céu e do mar de Cascavel. A cada dia que passa, com a mudança dos tempos, as drogas, a violência social, as tentações da modernidade e a desagregação familiar, o desafio para as famÃlias é cada vez maior.
A célula mater de toda famÃlia são os pais, a fonte de tudo. Lembro com carinho, então, de Cesar Bastos e Maria de Lourdes, meus pais e principais protagonistas da minha crônica. A semente que fez germinar essa grande e frondosa árvore. Vai aqui minha homenagem a eles que são os protótipos e um exemplo a ser seguido por todos. Encontramos em muitas famÃlias outros Cesars e Lourdes que, como eles, tem muita dificuldade atualmente para criar seus filhos, mas, que com muito amor e responsabilidade, dedicam suas vidas pelas famÃlias.
Meu pai é o único da minha famÃlia que não está mais entre nós, está no plano superior, intercedendo e cuidando de todos. As lembranças da sua figura de magnÃfico pai, esposo e filho fez uma lágrima correr na minha face. Se você, assim como eu, não tem mais um dos pais e seus olhos marejaram ao ler esse parágrafo do meu texto, digo que tenho certeza de que você é ou será um excelente exemplo para sua famÃlia. Ter o coração aberto e sensÃvel à s emoções é muito importante. Não se reprima, demonstre todo seu amor à sua famÃlia antes que seja tarde.
Minha famÃlia, como a dos meus leitores, não é melhor e nem pior do que as outras, é só a minha famÃlia e isso faz toda diferença. É sangue do meu sangue e é por ela que me transformo em um gigante para enfrentar os desafios que a vida nos apresenta. É na famÃlia que encontramos forças para encarar as agruras da vida, as dificuldades, as provações, por mais difÃceis que elas sejam. Não devemos nos sentir menores ao, sempre que necessário, apelar para o aconchego e o apoio familiar. Nossa famÃlia é para Deus o espelho da imaculada famÃlia de Nazaré.
Com a música do seriado “A grande famÃlia”, dedico essa minha crônica a todas as famÃlias do mundo. “Essa famÃlia é muito unida e também muito ouriçada; briga por qualquer razão, mas acaba pedindo perdão”. É assim que entendo ser famÃlia. Que Deus ilumine todos vocês que, como eu, tem uma grande famÃlia. Para aqueles que pretendem iniciar as suas e também para quem ainda não valoriza a que tem, digo que ainda é tempo e que o principal fermento para fazer crescer uma bela famÃlia é o amor, a união e a fé em Deus.
*Arruda Bastos é médico, professor universitário, escritor, radialista, ex-secretário de saúde do Estado do Ceará e um apaixonado pela sua famÃlia.
Parabéns, Arruda! Seu texto me fez viajar no tempo, voltar à s origens de nossa famÃlia e concluir que a semente para a construção de uma frondosa árvore familiar foi plantada no passado longÃnquo.