A gestação que, desde o princípio, demonstra a vitória do amor, a força da oração, a fé em Deus e que nos enche de alegria teve mais um lance com o chá de revelação do sexo. As nossas preces sempre foram voltadas para o Altíssimo no sentido de que a gravidez transcorra sem anormalidades e que nosso netinho, independente do sexo, venha ao mundo com saúde, para a alegria de todos.
Entretanto, sempre entre os netos paira aquela torcida para um novo companheiro de brincadeiras,e dessa vez não foi diferente. Meus netinhos Levi, de quatro anos, e Letícia, de seis, passaram, há alguns dias, a torcer um pelo “azul” e o outro pelo “rosa”, como fizeram quando da confirmação do sexo do Lucca, que hoje, com seus dois meses, já presenciou tudo sem entender que algazarra era aquela dos seus priminhos, tios, avós e amigos da nossa família.
Tem um ditado que diz “um dia é da caça e outro, do caçador” e ele vem a calhar com a reação dos meus netinhos no chá de revelação do mais novo membro da família, que tem como pais meu querido filhoBruno e minha estimada nora Laís e que é a figura mais importante da minha crônica de hoje.
No chá de revelação anterior, a cor azul revelou que estava a caminho o Lucca, que agora já é um belo pimpolho, com seus seis quilos e olhinhos cor decéu. Na oportunidade, o dia foi da caça, com a alegria do meu netinho Levi e uma certa tristeza momentânea, que logo passou, da Letícia.
Depois de muita expectativa, e ao som do tradicional “um, dois, três”, os cartuchos empalmados com muito orgulho, um por Bruno e outro por Laís,estourados revelaram, em poucos segundos, o sexo do aguardado bebê. A interrogação foi respondida com uma chuva de papéis cor de rosa, que se espalharam pelo salão provocando daí por diante só muitos beijos e abraços.
Com Lucca, passei a ter dois netinhos e uma netinha; e com essa última revelação, ficou tudo empatado em dois a dois. Hoje, como o ditado citado anteriormente, foi o dia do caçador, no caso caçadora, pois foi a Letícia que ficou extremamente contente, já que torcia muito por uma nova companheira de brincadeiras. Levi compreendeu e logo ficou animado também.
Fiz todo esse intróito para dizer que, independente de qual fosse o sexo, a criança fruto do amor do Bruno e da Laís é aguardada como uma benção para o casal e para todos da família. A revelação, na animada e calorosa festa promovida pelo casal, e que se torna dia a dia uma tradição, foi apenas mais um passo no nosso desejo de logo abraçar, beijar e acariciar o novo membro da família.
O nome para qualquer sexo já estava definido e,como o rosa depois do estouro dos cartuchos foi o que prevaleceu, minha netinha será batizada como Lara Parente Bastos, o que mantém a tradição dos iniciados com a letra “L” na família, agora já o oitavo. Pesquisando com cuidado, encontrei, entre outras definições para o nome Lara, o sentido de vitoriosa,o que, por coincidência, define bem a luta, a perseverança e as orações para sua concepção.
Desejo que minha netinha, a vitoriosa Lara, venha com muita saúde para encher de alegria mais ainda os nossos corações e, assim como Letícia, que é alegria; Levi, o unido, decidido e Lucca, o iluminado,possa confirmar o que eu sempre escrevo nas minhas crônicas: que netos são presentes de Deus para seus avós e, no caso de hoje, para eu e Marcilia, Osmani e Eutalia, e também para seus pais, Bruno e Laís, seus tios e toda a família.
Para concluir, digo que Lara, minha nova netinha, é vitoriosa até no nome.
Arruda Bastos é médico professor universitário, membro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores e um avô apaixonado pelos seus netos.
FAD2D8A2-3705-44F6-BB40-69710961B356